Velocistas e revezamento 4x200m masculino levam ouro; Leonardo Santos e Brandonn Almeida levam prata e bronze nos 400m medley.
A natação brasileira teve mais uma noite de brilho nos Jogos Pan-Americanos de Lima. Nesta sexta-feira, o país conseguiu seis medalhas na piscina, das quais três de ouro (Bruno Fratus e Etiene Medeiros, nos 50m livre, e o revezamento 4x200m livre), uma de prata (Leonardo Santos nos 400m medley) e duas de bronze (Brandonn Almeida nos 400m medley e o 4x200m feminino).
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Com os pódios, a seleção já soma 25 conquistas e se aproximou de vez do recorde particular de 26, estabelecido no Pan do Rio 2007 e Toronto 2015.
As finais começaram a todo vapor. E rápidas. Etiene e Fratus dominaram a prova mais rápida das piscinas e obtiveram dois ouros nos 50m livre. A pernambucana faturou o primeiro ouro feminino da natação nacional na capital peruana.
Nesta sexta ocorre o último dia de provas no centro aquático de Lima, com mais seis finais e mais chances de medalhas para o Brasil. A principal oportunidade de ouro está no revezamento 4x100m medley masculino.
Sempre ela!
O começo foi extremamente promissor. Etiene Medeiros, que era a única nadadora do país com um ouro em Jogos Pan-Americanos (100m costas em Toronto 2015), voltou a subir no alto do pódio com um triunfo nos 50m livre. A pernambucana cravou 24s88 e bateu à frente das americanas Margo Geer (25s03) e Madison Kennedy (25s14) para chegar à sua oitava medalha em Pan.
Etiene foi a primeira nadadora brasileira a ser campeã mundial em piscina curta (nos 50m costas, em Doha 2014) e a ser campeã mundial em piscina longa (nos 50m costas, em Budapeste, 2017). Em julho, no Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos de Gwangju, foi prata novamente nos 50m costas.
Desde o início do ano, Etiene tem tirado um pouco o foco das provas de costas e direcionado para os 50m livre, distância em que foi finalista olímpica nos Jogos do Rio. Com mais um título continental, ela ratifica sua posição entre as atletas mais icônicas do país.
– Eu acho que a natação feminina tem muito o que crescer. Eu estou crescendo e é esse caminho que precisamos seguir – disse Etiene.
Outra brasileira na prova, Lorrane Ferreira terminou na quarta posição, com o tempo de 25s52, empatada com a canadense Kyla Leibel.
Fratus completa “dobradinha”
O favoritismo era todo dele, e havia uma cobrança pessoal por um ouro que nunca havia vindo. E Bruno Fratus correspondeu com sobras. O brasileiro venceu os 50m livre e fechou a “dobradinha” nacional com Etiene na prova.
Fratus triunfou com o tempo de 21s61 e deixou para trás os norte-americanos Nathan Adrian (21s87, prata) e Michael Chadwick (21s99). Pedro Spajari terminou na quinta posição (22s27).
Um dos principais velocistas da atualidade, Fratus já tinha seis medalhas em Jogos Pan-Americanos, mas nenhum ouro individual.
– Estava faltando, né?. Acho que eu estava devendo para o pessoal que acompanha natação. Hoje está pago – brincou o atleta de 30 anos.
No mês passado, ele foi vice-campeão mundial dos 50m livre no Mundial de Gwangju, na Coreia do Sul, e manteve a sequência de pódios no evento – havia sido prata em Budapeste 2017 e bronze em Kazan 2015.
– Dia 21 de setembro foi o dia da minha segunda cirurgia de ombro. É muito trabalho, nem dedicação, é obsessão por resultado – comentou.
Dobradinha número 2
Etiene e Fratus atraíram todos os holofotes, mas a jornada em busca de medalhas dos brasileiros prosseguiu na noite de sexta-feira. Nos 400m medley masculino, veio uma outra dobradinha. Dessa vez, com Leonardo Santos e Brandonn Almeida, respectivamente prata e bronze na disputa.
Ambos ficaram atrás do norte-americano Charles Swanson (4min11s46), que dominou de ponta a ponta para levar o ouro. Leo anotou 4min19s41 e Brandonn, 4min21s10 – tempos, por sinal, bem acima do que eles têm como melhor marca pessoal.
– A gente está vindo de uma maratona de competições. Nadar as provas de medley no final está sendo um pouco cansativo. Mas Jogos Pan-Americanos é isso, bater na frente. Eu cheguei aqui com o quinto tempo, mas final é final, decide-se na água. Estou muito feliz mesmo – disse Leo.
Neste sábado, Leo nada a prova dos 200m medley. Já Brandonn, que fechou sua participação no Pan, disse que a atuação abaixo do esperado serve de combustível para o próximo ano.
– Eu me senti bem mal. Sabia que não seria uma prova fácil. Subi muito meu tempo. Não foi do jeito que eu gostaria nem do jeito que treinei. Vou treinar mais ainda, me tirou da zona de conforto e pode ter certeza de que vou voltar muito mais forte – comentou Almeida.
Revezamento masculino no alto do pódio
Duas provas por equipe fecharam a noite. No 4x200m livre, vitória tranquila de Luiz Altamir, Fernando Scheffer, João de Lucca e Breno Correia. O quarteto marcou o tempo de 7min10s66, novo recorde pan-americano, mas três segundos mais lento que o recorde sul-americano. Em segundo lugar ficaram os Estados Unidos (7min14s82) e em terceiro o México (7min19s43).
No feminino, o time composto por Aline Rodrigues, Larissa Oliveira, Manuella Lyrio e Gabrielle Roncatto conquistou o bronze com uma marca fraca (8min07s77). O ouro ficou com os Estados Unidos (7min57s33) e a prata, com o Canadá (7min59s16).
Fonte: Portal G1