Sempre que alguém querido, seja um parente, amigo ou animal de estimação, morre, a tristeza é inevitável. Porém, a empresa Bios Urn criou uma alternativa para eternizar esse ente de uma maneira diferente: transformando-o em uma árvore. A companhia coloca as cinzas da pessoa ou animal no que chama de “a primeira urna biodegradável do mundo”, transformando-os em “uma árvore na vida após a morte”.
A alternativa surgiu como forma de resolver o problema com o custo elevado e a falta de espaço para enterros. O design e a fabricação das urnas são feitos focados na germinação adequada e no auxílio para o cultivo das árvores. Tanto para pessoas quanto para animais qualquer semente de árvore, arbusto ou planta pode ser escolhida.
A empresa, porém, não é a única a adotar o movimento “pet-to-tree”, ou “animal de estimação para árvore”, em português. A Living Urn possui uma urna para utilizar as cinzas dos animais para a plantar em forma de árvores. A companhia ainda diz que possui um “agente neutralizador de cinzas exclusivo”. Já a Rooted, de Seatle, diz ter um “serviço de pós-tratamento para honrar ecologicamente os animais de companhia”.
Cinzas de ente querido pode ser transformada em árvore. Foto: iStock
Cinzas transformadas em diamante
Outra possibilidade é transformar as cinzas em diamante. O processo é mais caro e é mais indicado ser feito com pelos, penas ou cabelo. Isso porque os fios são ricos em queratina e, por conta disso, possuem quantidade de carbono. Por utilizar cabelo, o processo não precisa ser apenas uma homenagem póstuma.
No Brasil, esta metodologia já foi usada pelo Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graac), que produziu os diamantes usando cabelos de pacientes que estavam em processo de perda dos fios e os colocou em leilão para arrecadar fundos em 2014. Cada unidade estava disponível a partir de R$ 18,8 mil.
Lixo nuclear em bateria de diamante
Assim como as urnas ecológicas de cinzas, que têm o objetivo de diminuir o impacto de enterros, a transformação em diamante também pode ser usada para controlar o ambiente. Pesquisadores da Universidade de Bristol, na Inglaterra, descobriram uma forma de transformar toneladas de grafite radioativa, usada na operação de usinas nucleares, em “baterias de diamante” que poderiam alimentar dispositivos elétricos por milhares de anos.
Os blocos de grafite são usados como moderador das reações nucleares dentro do reator. Depois de usados, são considerados lixo radioativo e precisam ser armazenados em instalações especiais longe do contato humano por ao menos 30 anos.
Via: Howstuffworks/Uol e Olhar Digital