A Índia proibiu nesta quarta-feira (2) mais uma leva de aplicativos desenvolvidos por empresas chinesas, citando preocupações com a segurança digital e com a soberania do país.
Foram mais de 100 apps, incluindo o famoso jogo PUBG e o buscador Baidu.
A decisão acontece um dia depois de a Índia acusar a China de causar novas tensões na região de fronteira.
O Ministério das Relações Exteriores da Índia disse que tropas chinesas realizaram “ações provocativas” na região montanhosa do Himalaia, que é disputada pelos dois países.
O comunicado do governo indiano cita “reclamações de diversas fontes” sobre um suposto envio de dados de usuários de aplicativos para Android e iPhone para “localizações fora da Índia”.
Em junho, o país baniu 59 aplicativos, a maioria chineses, incluindo TikTok, UC Browser da Alibaba e WeChat da Tencent. Essa proibição aconteceu poucos dias depois de conflito na fronteira entre os dois países, no qual 20 militares indianos morreram.
Entre os aplicativos para smartphones que foram banidos desta vez estão o popular jogo PUBG. As instalações do game na Índia representam mais de um quarto da base total de jogadores do título, de acordo com a empresa de pesquisa Sensor Tower.
PUBG, também conhecido como PlayerUnknown, é um game em que os jogadores são lançados em uma ilha repleta de armas e devem batalhar pela sobrevivência, no estilo battle royale, similar a de outros sucessos como Fortnite.
Outros serviços proibidos foram o buscador chinês Baidu, o serviço de pagamentos Alipay, a solução de colaboração corporativa WeChat Work e uma solução de VPN para acessar o TikTok, que já estava banido.
“No interesse de soberania e integridade da Índia, na defesa da Índia e segurança do Estado. E utilizando dos poderes de soberania, o governo da Índia decidiu bloquear o uso de certos apps”, diz o comunicado indiano.