A capital alemã decretou, a partir deste sábado (10), o fechamento de bares e restaurantes entre 23h e 6h, além de lojas ou outros estabelecimentos comerciais, para controlar o aumento do número de casos. Outras cidades, como Colônia e Frankfurt, já determinaram medidas similares.

O toque de recolher em Berlim será instaurado até o dia 31 de outubro. Apenas farmácias e postos de combustível poderão abrir as portas.

“Este não é o momento de festejar”, disse o prefeito da capital alemã, Michael Müller, justificando a medida.

“Nós podemos e queremos impedir um novo confinamento, ainda mais restritivo”, disse, citando particularmente o “mau comportamento” dos alemães na faixa etária entre 20 e 40 anos.

“Depois de três taças de vinho, as medidas de distanciamento social tendem a ser menos respeitadas”, acrescentou o secretário de Justiça da cidade, Dirk Behrendt.

Em junho, a polícia interrompeu uma festa com barcos, botes e boias no canal Landwehr, em Berlim. — Foto: David Gannon/AFP
Em junho, a polícia interrompeu uma festa com barcos, botes e boias no canal Landwehr, em Berlim. — Foto: David Gannon/AFP

O coletivo “Bares de Berlim” considerou a adoção das novas medidas “um desastre” e diz que poderá recorrer à Justiça. Segundo o Instituto Statista, Berlim tinha, em 2018, 9,8 mil restaurantes, e mais de 1,7 mil bares. A decisão das autoridades municipais atinge diretamente a capital alemã, já bastante afetada pelo fechamento das discotecas há vários meses, que representaram, em 2018, ganhos de mais de 1,5 bilhão para os cofres públicos locais.

A medida, entretanto, foi defendida pela própria chanceler, Angela Merkel, nesta sexta-feira (9), durante uma reunião com prefeitos de 11 cidades alemãs.

“Tenho consciência que restrições atingem de maneira complexa o setor”, explicou. Em Frankfurt, o toque recolher entrou em vigor nesta sexta-feira (9), proibindo também a venda de álcool a partir das 22h. Colônia também adotou uma deisão similar à de Berlim, que entrou em vigor neste sábado (10).

G1